Há um ano atrás o medo tomava conta de muitas pessoas,
principalmente daqueles que eram contra o atual presidente.
Dizia-se que os Gays seriam almejados e atacados nas ruas,
e assim não poderia mais sair de suas casas e viver livremente.
Foi falado que não existiria mais carnaval,
pois o presidente iria proibir (houve até música para isso).
Muitos tinham medo da repressão contra grupos que se dizem minoritários.
Muitas famílias brigaram, muitos pais, mães e filhos brigaram
pelo medo que fora implantado no jogo político.
A expectativa ou falta de expectativa por algo,
fez muitos eleitores discutirem e perderem amizades de anos.
Muitos clientes deixaram de frequentar locais devido a posição política divergente.
Há um ano atrás o medo estava estampado na face de muitos eleitores,
pois não sabia o que estaria por vir.
Muitos culpavam a família e os amigos,
pela vitória de um candidato que tinha a alcunha de “fascista”.
Quantas brigas, mágoas e ressentimentos,
muitas famílias guardaram devido ao medo criado pela própria população,
pela mídia e pelos adversários políticos?
Um ano se passou.
No dia a dia da cidade não percebo esse medo
tão exaltado em Outubro de 2018.
As pessoas continuam andando pelas ruas,
distraindo e frequentando diversos ambientes.
O presidente mudou.
O cenário econômico aparentemente está mudando.
Melhores expectativas de emprego estão por vir.
Por outro lado, a corrupção ainda existe.
Problemas são muitos.
Mas a mágoa, o ressentimento e a inimizade
ficaram dentro de muitas famílias brasileiras.
Amanhã, novas eleições virão.
Novas polêmicas virão.
Novos medos virão.
E nova família, virá?