Last Updated on 13 de novembro de 2023 by Diego Tinoco
Viemos ao mundo únicos, plenamente individuais, em busca da nossa evolução espiritual.
Ser único é ser um indivíduo buscando sua evolução de forma independente. Ser único é capaz de reconhecer que precisa de ajuda, é capaz de reconhecer que não somos maiores nem inferiores a ninguém. É capaz de reconhecer que não somos donos de ninguém e que muito menos atuamos nas vontades e desejos dos outros. Mas atuamos no que podemos fazer diante das vontades e desejos dos outros, e também dos nossos próprios desejos e vontades.
Ser único é capaz de reconhecer que somos parte da população humana, que nasce, que é criança, que tem ou não traumas na infância, que tem ou não dificuldades na infância, que recebe ou não conselhos dos pais, que é agredido ou não na infância, que sofre ou não bullying na infância, que morre ou não na infância, que fica hospitalizado ou não na infância.
Na adolescência, ser único é capaz de escolher seus desejos e vontades de forma própria, responder por seus atos; na vida adulta, é começar a viver de forma mais racional e podendo ter maior controle sobre os impulsos e vontades, sobre os perigos e sutilezas que envolvem o ser humano emocional. Ser adulto é reconhecer que somos frágeis e que somos frágeis não para menosprezar ou humilhar os outros, e tampouco para se diminuir ou se calar.
Reconhecer a nossa fragilidade é reconhecer a nossa individualidade dentro do mundo terreno, é reconhecer que estamos aqui para identificar tais fragilidades e, ao fazê-lo, melhorá-las. Ser único é capaz de reconhecer o nosso orgulho e a nossa vaidade existentes em inúmeras situações da nossa vida, que nos deixam piores, nervosos e novamente frágeis.
Não estamos no mundo para melhorar a, b ou c. Estamos no mundo para nos reconhecer como seres únicos e que necessitam de evolução. Quando digo para não melhorar a, b ou c, não significa que não devemos fazer o bem para a, b ou c; pelo contrário, você pode muito bem fazer o bem e promover o bem de a, b ou c ao reconhecer as suas fragilidades humanas e prejudiciais à sua evolução.
Ser único é reconhecer que está diante de Deus a todos os momentos, e que somente Ele poderá nos proporcionar a vida serena e tranquila que tanto desejamos. Para isso, precisamos reconhecer a nossa individualidade dentro da sociedade moderna.
Ser único é ser você, do seu jeito, da sua forma, da sua maneira, aprendendo e vivendo com as experiências que o mundo terreno proporciona, e que muitos passam sem percebê-las.
Ser único é reconhecer que não é o outro que está errado, mas sim você por não saber perdoar a si mesmo por achar que ele estava errado em algo.
Ser único é saber não julgar e, quando o fizer de forma impulsiva, saber que se trata de mero julgamento, e que não estamos aqui para julgar ninguém, a não ser a nós mesmos, em busca de melhorias espirituais e evolução.
Ser único, meu bem, é se amar do jeito que você veio ao mundo, do jeito que você se mantém no mundo, com as suas dificuldades e prazeres sendo reconhecidas, aprendidas e valorizadas.
Ser único é ser você, no meio da multidão de humanos, com suas dificuldades, vícios e disfuncionalidades, e ao mesmo tempo reconhecer que o reconhecimento destes vícios é que irá proporcionar aprendizado e serenidade na sua vida.
Ser único é ser humano.