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Como tratar um dependente químico?

Last Updated on 3 de outubro de 2023 by Diego Tinoco

Dependentes químicos são pacientes que precisam de cuidados e de atenção especializada. O sofrimento para a família de dependentes químicos é muito grande ao longo do processo e, por isso, todo o esforço no sentido de minimizar essa situação é muito bem-vindo.

Não só o dependente químico precisa de compaixão e de compreensão, mas seus pais, irmãos e filhos, que sofrem ao seu lado por causa da sua situação. Existem diferentes tipos de tratamento para essas pessoas, desde grupos de autoajuda até a internação hospitalar.

Que tal conhecer mais sobre esses tipos de tratamento?

Grupos de autoajuda

Os grupos de autoajuda têm sido reconhecidos como um componente essencial no processo de recuperação da dependência química. Esses grupos, como Alcoólicos Anônimos (AA) e Narcóticos Anônimos (NA), proporcionam um espaço seguro e acolhedor onde os indivíduos podem compartilhar suas experiências, forças e esperanças com outros que enfrentam desafios semelhantes. O modelo de apoio mútuo que esses grupos oferecem tem sido um recurso inestimável para muitos em sua jornada de recuperação.

Psicoterapia

A psicoterapia é um tratamento em que o objetivo é resolver questões vinculadas ao comportamento, às emoções, aos relacionamentos sociais (família, trabalho, casamento, amigos), quando essas questões estão associadas à dependência de substâncias químicas.

O psicólogo deve mostrar compaixão pelo paciente, mas também deve passar segurança, oferecendo melhores perspectivas para o futuro do dependente e de toda a família.

Terapia familiar

È uma modalidade de psicoterapia que envolve todos os membros da família, ajudando os parentes do dependente a lidarem com a situação e ajudando o próprio dependente a se livrar de seu vício.

A terapia familiar contribui bastante para a reintegração do dependente ao meio familiar e à própria sociedade. A motivação maior da terapia familiar é a compaixão pelos familiares do dependente químico.

Uso de medicamentos

Para o uso regular de medicamentos, é necessário que um médico especializado seja consultado. O psiquiatra pode receitar remédios específicos, solicitar exames, acompanhar todo o desenvolvimento.

É preciso entender que distúrbios, como depressão, fobias e ansiedades em geral, tanto podem ser causa quanto consequência da dependência e o psiquiatra saberá fazer a análise correta.

Este tratamento é indicado, para quase todos os casos, de preferência junto com a psicoterapia. O que vai variar é o tipo de medicação e a quantidade usada, que mudam de acordo com o estado do paciente.

Tratamento ambulatorial

A pessoa é atendida no ambulatório, em que tem atendimento médico especializado, como psiquiatra e psicólogo. Por lá, é possível a prescrição de medicamentos, atendimento especializado com os profissionais, mas vai para casa e continua a exercer suas atividades.

A vantagem do tratamento ambulatorial é que o paciente continua no ambiente familiar, envolvido pelo amor, pelo carinho e pela compaixão de seus parentes.

Internação em hospital

A internação é indicada para casos mais graves em que é muito difícil ou mesmo impossível mantê-lo em condição de vida. Deve-se atentar aos riscos de vida para si ou para terceiros.

Apesar de ainda ser um recurso muito utilizado, não é garantia de cura, mas de controle maior sobre a condição do paciente. Nesse caso, o dependente toma os medicamentos, tem que se alimentar de maneira adequada, passa por um processo de desintoxicação e conta com a supervisão médica, psicológica e todo a infraestrutura do local.

Internação em comunidade terapêutica

A comunidade terapêutica é, geralmente, um sítio ou uma fazenda, mas pode ser uma clínica situada na área urbana da cidade. A pessoa fica internada por um período determinado, em que pode ou não receber a assistência de profissionais especializados, como psiquiatras, psicólogos, enfermeiros, nutricionistas, assistente social.

O processo de tratamento se baseia na compaixão, no trabalho, grupos de autoajuda e alguns se baseiam na religião. A internação deve ser voluntária e serve principalmente para dependentes que não apresentam comportamento mais agressivo.

Em todas essas alternativas, é importante obter referências do local e do profissional que irá atender o paciente.

Alguém em sua casa sofre de dependência química? Qual tratamento ela recebe? Está recebendo a compreensão, a compaixão e o apoio necessários para superar o problema?

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Diego Tinoco

Diego Tinoco

Diego Tinoco é cidadão brasileiro. Nasceu em Curvelo-MG e atualmente reside em Belo Horizonte. É médico, psiquiatra pelo Hospital das Clínicas da UFMG, pós graduado em saúde da família pela UFMG. Nesse site você encontra opiniões do cidadão sobre a vida e o mundo.

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