Last Updated on 20 de outubro de 2021 by Diego Tinoco
Depressão Pós-Parto
Saiba mais sobre os fatores de risco
Isolamento social, perda de apetite, irritabilidade intensa, baixa autoestima, falta de afeto pelo bebê, tristeza intensa e desânimo são alguns dos sintomas da depressão pós-parto, transtorno que afeta de 10% a 15% das mulheres.
Tal quadro pode vir a ocorrer no primeiro ano depois da gestação, havendo maior incidência durante a quarta e oitava semana após o parto. Talvez você não saiba, mas existem alguns fatores de risco que contribuem para o desenvolvimento da depressão pós-parto. Veja a seguir?
1.Fatores Psicológicos
Mulheres que já tenham sofrido de algum transtorno mental, tais como depressão ou ansiedade, estão mais suscetíveis a desenvolver a doença.
A atitude negativa em relação à gravidez ou a dificuldade de assumir o papel materno também estão entre os fatores predisponentes para a doença. Tal atitude pode ocorrer devido ao estresse parental, frustração por causa do sexo do bebê ou pode ser fruto da insatisfação da mãe quanto aos cuidados recebidos durante a gravidez.
2. Fatores Obstétricos
Complicações durante a gestação e o parto, tais como realização de cesárea de emergência e hospitalização durante a gravidez, são exemplos de situações que podem aumentar as possibilidades de aparecimento da depressão pós-parto.
Problemas vivenciados pelas mulheres depois do parto, tais como passagem de mecônio, prolapso do cordão umbilical e hemorragia obstétrica, também podem contribuir para o desenvolvimento da doença.
3.Fatores Biológicos
As alterações hormonais também podem desencadear a depressão pós-parto. Estudos revelam que mulheres com elevado nível de ocitocina, hormônio fundamental na regulação das emoções, não respondem bem ao estresse. As flutuações no nível de estrogênio também contribuem para a manifestação da doença.
Deficiências nutricionais podem aumentar em até 15% as possibilidades de desenvolvimento da depressão pós-parto. Distúrbios do metabolismo da glicose durante a gravidez também estão dentre os fatores de risco.
4.Fatores Sociais
Falta de apoio emocional e de suporte financeiro, bem como a ausência de relações de empatia influenciam no aparecimento desse distúrbio.
Mulheres de baixa renda, com baixo nível de escolaridade ou que enfrentam situações de violência estão mais propensas a sofrer de depressão pós-parto. Mães que estão sozinhas ou mulheres que engravidam durante a adolescência também se enquadram nessa categoria.
5.Maus Hábitos de Vida
Maus hábitos alimentares, falta de atividades físicas e o sono desregulado podem contribuir para a incidência desse transtorno.
Inúmeras mulheres que sofrem desse distúrbio relatam situações de privação crônica de sono, que afeta o metabolismo da glicose, os processos inflamatórios e o sistema imunológico.
Diante disso, praticar exercícios físicos regularmente, manter a alimentação balanceada e ter uma boa noite de sono são indispensáveis para a saúde reprodutiva da mulher.
Ao se perceberem deprimidas após o nascimento da criança, inúmeras mulheres relutam em pedir ajuda por vergonha ou por não saber o que está acontecendo. Caso se enquadre nesses fatores, é essencial recorrer à ajuda de um médico especialista o mais rápido possível. Para ter acesso à mais informações sobre a depressão pós-parto e outras doenças, não deixe de acompanhar o nosso blog.