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Baixa autoestima e relacionamentos: qual é a conexão?

Last Updated on 28 de outubro de 2023 by Diego Tinoco

As pesquisas no ramo da psicologia sobre a conexão entre a autoestima e os relacionamentos são extensas. 

Assim como a sua autoestima influencia como você pensa sobre si mesmo, ela também desempenha um papel na sua capacidade de receber e aceitar o amor dos outros. 

Além disso, a autoestima também influencia a maneira como você trata os outros em sua vida, principalmente parceiros românticos.

Primeiramente, quando você entra em um relacionamento com uma baixa autoestima, é mais provável que sofra com alguma insatisfação com o passar do tempo. Consequentemente, seu parceiro ou parceira também pode se tornar infeliz, trazendo uma crise de relacionamento à tona.

O que é autoestima

A autoestima de uma pessoa é formada por meio das primeiras experiências de vida e continua a se desenvolver ao longo de sua vida. De tal forma que se o início da vida for marcado por relacionamentos doentios, é provável que isso se reproduza na autoestima. 

Dessa maneira, como nos sentimos sobre nós mesmos influencia a forma como interagimos e nos conectamos com os outros. Isso acontece de muitas formas e determina como se estabelece algumas das conexões significativas entre autoestima e um relacionamento.

A baixa autoestima de alguém pode levá-lo a maltratar as pessoas ao seu redor, mesmo que não perceba exatamente o que faz isso. Os impactos de relacionamentos abusivos ou negligência parental no início da vida não se limita apenas à sua própria autoestima, mas também aos seus pensamentos sobre os outros e, consequentemente, sobre os relacionamentos amorosos.

Assim, o nível de autoestima influencia como se dão as relações. Por exemplo, baixos níveis de autoestima (ou de confiança) normalmente criam um baixo nível de confiança nos outros. Dependendo de como e quando esses sentimentos se originam, podem surgir  problemas como a ansiedade, que dificultam a conexão com os outros.

Em contraponto, isso pode fazer com que a pessoa se distancie dos outros, ignore seu parceiro, descarte os sentimentos dos outros e até faça coisas para magoar seu parceiro, por não sentir que é de fato merecedor de afeto. Isso decorre da crença de que outra pessoa não poderia amá-lo, então a solução encontrada é repelir a pessoa para protegê-la da dor.

Alternativamente, a baixa autoestima pode causar expectativas excessivas sobre como os outros se sentem, fazendo com que você se preocupe com seus comportamentos. Como resultado, você pode se tornar grudento ou excessivamente carente em relação aos outros, porque tem certeza de que eles o deixarão a qualquer momento.

Portanto, a baixa autoestima é um grave problema para qualquer relacionamento íntimo por razões simples, se a pessoa não é capaz de se valorizar e se achar digna de amor, é difícil imputar essa responsabilidade para outra pessoa. 

Embora ainda seja possível encontrar uma pessoa disposta a compartilhar a carga e lidar com esses problemas, não é justo colocar esse fardo em outra pessoa, não é? Não é certo depender de outra pessoa para validar um sentimento.

Como lidar com a baixa autoestima nos relacionamentos

Nada interfere tanto no amor autêntico e recíproco como uma baixa autoestima. Essa interferência pode fazer você testar ou sabotar relacionamentos que têm potencial ou se contentar com relacionamentos nos quais você é tratado de uma maneira que corresponda às suas crenças sobre si mesmo. Muito mal. Tudo isso é prejudicial à sua saúde mental. 

Provas de amor o tempo todo

Se você não consegue acreditar que merece receber amor, continua colocando seu parceiro ou sua parceira à prova, fazendo-o demonstrar seus sentimentos o tempo inteiro.

É como se cada movimento em seu relacionamento fosse um método para chegar a uma conclusão – “Eu te disse, sou difícil de amar”. No entanto, quando isso se concretiza e você percebe que está na iminência de perder uma pessoa, pode entrar em situações depressivas.

Existem algumas maneiras de não perpetuar esse círculo vicioso. Primeiramente, é necessário que você esteja ciente de que tem um problema. Depois, é preciso parar de se auto julgar e ser tão autocrítico consigo mesmo.

Observar os fracassos e sucessos no âmbito do relacionamento, sem se colocar em comparação com as outras pessoas é imperativo para se livrar dos fardos e da vergonha.

A partir desta análise, manter o alerta para seu comportamento. De acordo com o especialista em saúde mental, Scott Hannon: “A atenção plena pode ajudá-lo a desenvolver um senso de conexão consigo mesmo, reduzindo suas maneiras de agradar às pessoas, permitindo que você pare o piloto automático do pensamento e comportamento que o mantém pulando para agradar os outros sem pensar em suas próprias necessidades.”

Então, da próxima vez que você se observar entre dúvidas, respire e assuma o controle de sua mente. Nossa mente é uma ferramenta poderosa que pode ser reprogramada para focar melhor e pensar com um senso de intenção e direção proposital. Não deixe que sua baixa autoestima atrapalhe seu pleno potencial. Você é o universo em movimento – aja como tal.

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